Exercício físico na gravidez: Uma prática segura e benéfica

A prática regular de algum exercício físico na gravidez é, para a maioria das mulheres, altamente recomendada. Quando adaptado à condição física da futura mãe e validado pelo médico assistente, o movimento torna-se um importante aliado do bem-estar materno e do desenvolvimento saudável do bebé.

Neste artigo, explicamos que tipo de atividades físicas são mais indicadas, o que deve ser evitado pela grávida e quais os sinais de alerta a que deve estar atenta ao longo da gestação.

Porque é tão importante fazer exercício físico na gravidez?

A atividade física regular traz benefícios comprovados para a saúde da grávida e do bebé. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, sempre que não existam contraindicações, pelo menos duas horas e meia semanais de atividade física moderada durante a gravidez.

Entre os principais benefícios do exercício físico na gravidez, destacam-se:

  • Melhoria da circulação sanguínea e prevenção de tromboses;
  • Alívio das dores lombares e do desconforto nas articulações;
  • Maior controlo do aumento de peso;
  • Redução do risco de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia;
  • Melhoria do humor e redução de sintomas de ansiedade e depressão;
  • Preparação física para o trabalho de parto e recuperação mais rápida no pós-parto.

No entanto, mesmo numa gestação sem complicações, é essencial adaptar o tipo e a intensidade da atividade física a cada mulher e seguir sempre a orientação do seu médico assistente.

5 Exercícios recomendados na gravidez

O ideal é optar por atividades de baixo impacto, que ajudem a manter o corpo ativo sem provocar esforços excessivos. Conheça 5 opções geralmente seguras para gestantes:

1. Caminhadas

São atividades simples, eficazes e fáceis de incluir no dia a dia da grávida. As caminhadas ajudam a manter a forma física e a estimular a circulação sanguínea.

2. Natação e hidroginástica

Ao reduzir o peso do corpo, o contacto com a água proporciona conforto e bem-estar. Este tipo de exercício físico na gravidez alivia o inchaço e fortalece a musculatura.

3. Ioga e pilates para grávidas

Promovem o equilíbrio corporal, a consciência respiratória e o relaxamento, fundamentais durante a gravidez e o parto.

4. Bicicleta estática

Com moderação e boa postura, realizar este exercício físico na gravidez é uma excelente forma de trabalhar o sistema cardiovascular com risco mínimo de quedas.

5. Treino de força com peso

Ajuda a manter o tónus muscular, especialmente nos membros inferiores e zona abdominal, mas requer sempre um acompanhamento técnico.

Exercícios a evitar durante a gravidez

A regra de ouro é: conforto, moderação e bom senso. Durante a gestação, há atividades que podem representar riscos para a mãe e para o bebé e devem ser avaliados e autorizados pelo médico:

  • Desportos de contacto, como artes marciais;
  • Atividades com risco de queda, como equitação, ciclismo ou esqui;
  • Exercícios praticados de costas por períodos prolongados, especialmente após o primeiro trimestre;
  • Treinos intensos de alto impacto, como corrida vigorosa, HIIT ou crossfit;
  • Ambientes quentes e húmidos, como saunas e banhos turcos, que aumentam o risco de desidratação e sobreaquecimento.

Sinais de alerta na gravidez: quando deve parar o exercício

Durante o exercício físico na gravidez, esteja atenta aos sinais do seu corpo. Se sentir algum dos seguintes sintomas, interrompa a atividade e contacte o seu médico:

  • Dor abdominal persistente ou intensa;
  • Hemorragia ou corrimento invulgar;
  • Tonturas, falta de ar ou sensação de desmaio;
  • Contrações uterinas regulares;
  • Diminuição dos movimentos fetais;
  • Dor no peito.

Ouvir o corpo e adaptar a rotina

O corpo muda ao longo da gravidez e os seus limites também. Mesmo que já tenha uma rotina ativa antes de engravidar, pode ser necessário ajustar a intensidade, o ritmo e o tipo de atividade física durante a gestação.

Respeitar os sinais de cansaço, dormir bem e manter uma alimentação equilibrada é tão importante quanto a atividade física.

Registe o seu bem-estar em cada fase da gestação

A prática de exercício físico na gravidez não é apenas uma escolha saudável, pode ser uma forma especial de viver a gestação com mais consciência, leveza e ligação ao corpo. Registar essa jornada ajuda a manter o foco no bem-estar.

Para acompanhar esta fase única, criámos um diário de gravidez que pode descarregar gratuitamente, onde poderá registar as mudanças, semana a semana, anotar sintomas, emoções e todas as memórias que vai querer guardar e recordar mais tarde. Um recurso pensado para acompanhar a gravidez com presença, intuição e carinho.

Hipertensão arterial: Riscos associados e formas de prevenção

hipertensão arterial é muitas vezes chamada “uma doença silenciosa”, pela ausência de sintomas. Em Angola, esta condição atinge cerca de 52.6% dos adultos. Se não for tratada, ao longo do tempo, os vasos sanguíneos e os principais órgãos do nosso corpo vão sofrendo alterações que podem ter consequências graves. 

Descubra em que consiste esta doença, quais as suas causas e como identificar os valores normais da pressão arterial. Além disto, damos-lhe algumas dicas importantes para a prevenção da hipertensão arterial. 

Em que consiste a hipertensão arterial? 

A pressão arterial diz respeito à força exercida pela circulação do sangue nas artérias. Quando esta pressão é muito elevada, de modo crónico, estamos perante um caso de hipertensão arterial 

A pressão arterial varia naturalmente entre: 

  • Pressão sistólica ou máxima: Quando o coração bombeia o sangue para todo o corpo, a pressão arterial é superior; 
  • Pressão diastólica ou mínima: Quando o coração relaxa, entre cada batimento, a pressão é menor. 

Quais os valores de pressão arterial considerados normais? 

Num quadro de hipertensão arterial, o paciente regista uma pressão máxima igual ou superior a 140 mmHg ou uma pressão mínima igual ou superior a 90 mmHg. 

Os valores normais de pressão arterial encontram-se abaixo de 130 mmHg (pressão sistólica) e/ou 85 mmHg (pressão diastólica). 

Pressão arterial 

Sistólica (mmHg) 

Diastólica (mmHg) 

Ótima 

<120 

<80 

Normal 

120-129 

80-84 

Normal – alta 

130-139 

85-89 

Hipertensão (grau 1) 

140-159 

90-99 

Hipertensão (grau 2) 

160-179 

100-109 

Hipertensão (grau 3) 

≥180 

≥110 

Hipertensão sistólica isolada 

≥140 

<90 

É importante medir a sua pressão arterial com regularidade. Antes da medição, descanse na posição sentada e evite beber café e fumar. Pode medir a sua pressão arterial na farmácia, no médico, ou em casa, com aparelhos próprios certificados. 

Para tal, deve ter os braços e as costas apoiados e realizar três medições com 1 a 2 minutos de diferença. O resultado final é a média das duas últimas.  

Deve repetir este exame: 

  • A cada 5 anos, caso registe um valor <120/80 mmHg; 
  • A cada 3 anos, caso tenha valores entre 120-129/80-84 mmHg; 
  • Todos os anos, quando os valores sejam entre 130-139/85-89 mmHg. 

Que sinais podem estar associados à hipertensão arterial?   

Esta é uma doença que passa despercebida durante os seus primeiros anos, mas, em determinadas situações, pode manifestar-se através de: 

  • Tonturas; 
  • Visão desfocada; 
  • Dor no peito; 
  • Falta de ar; 
  • Mal-estar. 

Com o passar do tempo, pode lesar os vasos sanguíneos e órgãos vitais como o cérebro, coração e rins, levando ao aparecimento de sintomas mais notórios.  

O diagnóstico da hipertensão arterial resulta da análise da média dos valores da pressão arterial, pelo menos em duas avaliações diferentes. Isto porque a sua pressão arterial pode aumentar quando faz algum esforço e, após estes momentos, volta aos valores normais.  

7 Conselhos para prevenir a pressão arterial elevada 

  1. Faça uma alimentação saudável, com consumo de frutas e vegetais. Privilegie alimentos ricos em fibras, cálcio e magnésio e evite ingerir grandes quantidades de sal, açúcar e gorduras; 
  2. Pratique exercício físico regularmente; 
  3. Modere o consumo de café, álcool e tabaco; 
  4. Diminua os momentos de stress no seu dia a dia; 
  5. Mantenha uma boa rotina de sono; 
  6. Faça uma medição regular da pressão arterial para, se necessário, ajustar hábitos; 
  7. Cumpra as doses e horários, caso esteja a tomar medicação para esta doença. 

Quais são as causas e riscos da hipertensão arterial? 

A hipertensão arterial pode ser motivada pela obesidade, consumo de sal ou álcool em excesso, tabagismo e stress. Existem ainda situações específicas que podem levar ao seu aparecimento, como a gravidez, apneia do sono, contraceptivos orais, doença renal, entre outras. 

hipertensão arterial apresenta riscos para a saúde pois pode levar ao surgimento de complicações como: 

  • Ataque cardíaco; 
  • Acidentes vasculares cerebrais (AVC); 
  • Demência vascular; 
  • Insuficiência cardíaca; 
  • Insuficiência renal; 
  • Perda gradual de visão; 
  • Disfunção eréctil. 

 

No blog da Farmaubber, temos como objetivo dar-lhe acesso a informação credível sobre diferentes temas relacionados com saúde e bem-estar. Leia mais artigos e siga as nossas dicas para viver mais e com melhor qualidade de vida. 

Medicamentos para a dor: Analgésico ou anti-inflamatório?

A dor pode surgir em qualquer momento e as suas causas são muito variadas. Para a combater, existem diferentes medicamentos para a dor, com efeito analgésico e anti-inflamatório. A decisão entre o fármaco mais adequado para cada situação deve sempre passar pela recomendação de um profissional de saúde. 

Neste artigo, damos-lhe a conhecer as principais diferenças entre estes dois tipos de medicamentos para a dor, quais as suas funções e em que situações funcionam melhor. Reforçamos, no entanto, que deve sempre consultar o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicação. 

O que é um analgésico? 

Os analgésicos são um exemplo de medicamentos para a dor que podem ajudar a diminuir e aliviar essa sensação de desconforto. 

Estão disponíveis em formatos variados, como comprimidos, cápsulas, xarope, creme, gel, pomada e supositórios. Alguns analgésicos não requerem receita médica mas, em certos casos, ela é obrigatória. 

Tal como em qualquer fármaco, podem ocorrer alguns efeitos secundários associados à toma de analgésicos, tais como: 

  • Azia; 
  • Náuseas e tonturas; 
  • Vómitos; 
  • Dores de cabeça; 
  • Diarreia; 
  • Sonolência.  

Que tipos de analgésicos existem? 

De acordo com a sintomatologia e outros fatores avaliados pelo médico, podem ser administrados diferentes tipos de analgésicos: 

✔ Analgésicos opioides 

Estes medicamentos para a dor são muito eficazes para a controlar e só podem ser adquiridos com receita médica, devido ao risco de dependência. 

São mais indicados em situações de dores fortes que surjam, por exemplo, após uma cirurgia, em fraturas e em casos de dor crónica que advenha de doenças terminais. Estes fármacos incluem a codeína, morfina, fentanil e tramadol, entre outros.  

✔ Analgésicos não opioides 

Os analgésicos não opioides, são medicamentos que não requerem prescrição médica. Estes dividem-se em analgésicos antipiréticos (mais indicados para alívio da febre e dores) e anti-inflamatórios não-esteroides, (mais indicados para dores musculares, ósseas, dores menstruais, dores de cabeça e dores de dentes). 

Fazem parte deste grupo o paracetamol e os anti-inflamatórios não-esteroides, como o ibuprofeno e a aspirina. É importante referir que nem todos os analgésicos aliviam a inflamação, como é o caso do paracetamol. 

Quando se deve tomar um analgésico? 

Este tipo de medicamento para a dor é útil para aliviar diversas manifestações de dolorosas, nomeadamente associadas a: 

  • Queimaduras; 
  • Fraturas ósseas e entorses; 
  • Dor pós-cirúrgica; 
  • Fibromialgia; 
  • Artrite; 
  • Neuropatia; 
  • Cancro. 

Medicamentos para a dor: O que distingue um anti-inflamatório de um analgésico? 

Costuma ter dificuldades em distinguir estes dois tipos de medicamentos para a dor? Ambos são aconselhados para o alívio de diferentes formas de dor, mas atuam de modo diferente no organismo. 

  • Analgésicos: São medicamentos para a dor que também podem contribuir para o alívio da febre (antipiréticos). Costumam ser eficazes em casos em que não haja inflamação, como numa gripe, por exemplo. 
  • Anti-inflamatórios: Estes fármacos reduzem tanto a dor como a inflamação, sendo aconselhados para situações de dores menstruais, artrite, dor de costas e pescoço, entorses e distensões musculares. 

Os anti-inflamatórios mais conhecidos são os anti-inflamatórios não-esteroides, como o ibuprofeno, diclofenac e ácido acetilsalicílico. Estes medicamentos para a dor podem ser úteis também para reduzir a inflamação e a febre. 

No entanto, recordamos que é fundamental procurar sempre aconselhamento profissional antes de tomar qualquer fármaco, principalmente durante a gravidez. 

Informe-se junto do seu médico ou farmacêutico sobre a melhor opção para o seu caso  

Na Farmaubber, pode contar com profissionais especializados para obter o melhor aconselhamento sobre a toma de medicamentos para a dor e recebê-los em casa. Visite o nosso blog e acompanhe mais temas relacionados com saúde. 

 

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